POLÍCIA MILITAR prende
e em seguida solta
Nesta segunda feira dia 25,
deputados da Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de Minas
estarão em Janaúba, para apurar motivos da não apuração de homicídio ocorrido
em Jaíba no último dia 15. O crime aconteceu na Vila NS2 do Projeto Jaíba, onde
Paulo Henrique Alves Campos, 19 anos foi brutalmente assassinado tendo o
pescoço decepado. O suspeito confesso do crime Gilson Rocha Divino (neguinho),
18 anos, foi preso pela Polícia Militar daquela localidade, tendo inclusive
gravado um vídeo pela própria polícia onde o mesmo relata com frieza os
detalhes do homicídio.
No ato da prisão, em Jaíba não
tinha delegado plantonista e a viatura levou o autor para Janaúba, mas a prisão
não foi ratificada, também por falta de delegado e o suspeito sendo liberado. O
crime e a falta ou omissão da polícia Civil ganhou repercussão sendo acionada a
Assembléia Legislativa na capital mineira.
De acordo com o deputado Sargento
Rodrigues (autor da proposta), policiais de Jaíba prenderam o autor confesso de
homicídio e não conseguiram efetuar a prisão porque o delegado de Janaúba não
estava presente no plantão. Neste sentido, o deputado quer ouvir os policiais
militares que participaram da ocorrência, os policiais civis que se encontravam
de plantão, bem como o delegado ausente, e o motivo da não ratificação do
flagrante e da ausência.
Também foi convidado para vir à
Janaúba, o corregedor da Polícia Civil. O caso foi destacado como grave por
todos os deputados presentes na reunião da comissão na assembléia legislativa:
João Leite, Cabo Júlio, Lafayette de Andrada e Leonardo Moreira.
ASSASSINO LAMBEU O SANGUE NO PODÃO
Gilson Divino, o “Neguinho”,
relatou que encontrou com Paulo Henrique e teria convidado para ir até uma
plantação de banana para matar uma pessoa conhecida pelo apelido de “Índio”,
que teria furtado uma blusa de Gilson. Os dois saíram e, segundo “Neguinho”, no
caminho Paulo teria sacado uma faca com a qual tentou, por duas vezes,
atingi-lo.
No relato à PM, Gilson informa que
conseguiu se defender ao segurar a mão do desafeto. Em seguida, prossegue o
depoimento, “Neguinho” sacou o podão e desferiu um golpe fatal no pescoço de
Paulo Henrique que caiu sem condição de se defender. Nisso, Gilson ainda
desferiu mais quatro golpes com o podão na vítima, sendo dois no rosto, um na
cabeça e outro próximo ao coração.
Os policiais de Mocambinho
constataram que o crime foi presenciado por um irmão de “Neguinho”. Ao ser
localizado pela PM, Gilson confessou o crime e ainda estava com o podão sujo de
sangue.
Ao entregar a arma usada para
matar Paulo Henrique, “Neguinho” não hesitou em dizer que limpou parte do podão
ao lamber o sangue da vítima como forma de “sentir” o gosto do algoz. Perante
os policiais, Gilson Divino confessou que praticou roubo a um posto de gasolina
em Montes Claros.
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