sexta-feira, 22 de março de 2013

Falta de delegado em Jaíba e Janaúba será investigada por deputados

                                     POLÍCIA MILITAR prende e em seguida solta

Nesta segunda feira dia 25, deputados da Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de Minas estarão em Janaúba, para apurar motivos da não apuração de homicídio ocorrido em Jaíba no último dia 15. O crime aconteceu na Vila NS2 do Projeto Jaíba, onde Paulo Henrique Alves Campos, 19 anos foi brutalmente assassinado tendo o pescoço decepado. O suspeito confesso do crime Gilson Rocha Divino (neguinho), 18 anos, foi preso pela Polícia Militar daquela localidade, tendo inclusive gravado um vídeo pela própria polícia onde o mesmo relata com frieza os detalhes do homicídio.
No ato da prisão, em Jaíba não tinha delegado plantonista e a viatura levou o autor para Janaúba, mas a prisão não foi ratificada, também por falta de delegado e o suspeito sendo liberado. O crime e a falta ou omissão da polícia Civil ganhou repercussão sendo acionada a Assembléia Legislativa na capital mineira.
De acordo com o deputado Sargento Rodrigues (autor da proposta), policiais de Jaíba prenderam o autor confesso de homicídio e não conseguiram efetuar a prisão porque o delegado de Janaúba não estava presente no plantão. Neste sentido, o deputado quer ouvir os policiais militares que participaram da ocorrência, os policiais civis que se encontravam de plantão, bem como o delegado ausente, e o motivo da não ratificação do flagrante e da ausência.
Também foi convidado para vir à Janaúba, o corregedor da Polícia Civil. O caso foi destacado como grave por todos os deputados presentes na reunião da comissão na assembléia legislativa: João Leite, Cabo Júlio, Lafayette de Andrada e Leonardo Moreira.

ASSASSINO LAMBEU O SANGUE NO PODÃO
Gilson Divino, o “Neguinho”, relatou que encontrou com Paulo Henrique e teria convidado para ir até uma plantação de banana para matar uma pessoa conhecida pelo apelido de “Índio”, que teria furtado uma blusa de Gilson. Os dois saíram e, segundo “Neguinho”, no caminho Paulo teria sacado uma faca com a qual tentou, por duas vezes, atingi-lo.
No relato à PM, Gilson informa que conseguiu se defender ao segurar a mão do desafeto. Em seguida, prossegue o depoimento, “Neguinho” sacou o podão e desferiu um golpe fatal no pescoço de Paulo Henrique que caiu sem condição de se defender. Nisso, Gilson ainda desferiu mais quatro golpes com o podão na vítima, sendo dois no rosto, um na cabeça e outro próximo ao coração.
Os policiais de Mocambinho constataram que o crime foi presenciado por um irmão de “Neguinho”. Ao ser localizado pela PM, Gilson confessou o crime e ainda estava com o podão sujo de sangue.
Ao entregar a arma usada para matar Paulo Henrique, “Neguinho” não hesitou em dizer que limpou parte do podão ao lamber o sangue da vítima como forma de “sentir” o gosto do algoz. Perante os policiais, Gilson Divino confessou que praticou roubo a um posto de gasolina em Montes Claros.