sexta-feira, 22 de março de 2013

Em plena seca, prefeito de Jaíba decreta calamidade pública, por excesso de chuva e enchente - rio Verde está quase seco


Enquanto os vereadores de Jaíba, preocupados com a crise da seca que atormenta esta cidade e região viajaram recentemente à capital mineira em busca de incentivos políticos no sentido de viabilizar a construção de pequenas barragens, para manter a perenização do nosso principal manancial de água, que é o rio Verde grande, o prefeito de Jaíba, pela contra mão assinou no último dia 28 de fevereiro o seu decreto de número 602/2013 declarando estado de calamidade pública alegando vento, grande volume de chuvas e danos causados pela enchente.
Outros vários municípios da região Norte Mineira decretaram estado de emergência devido a seca, pela escassez de chuvas, enquanto Jaíba fez o contrário, pelo excesso de chuva. No decreto do prefeito jaibense, o mesmo alega que houve um vento seguido de um “grande” volume de chuva no último dia 27 de fevereiro de 2013, fato que gerou este decreto. Conforme apurou o Folha de Jaíba, junto à Companhia de pesquisa de recursos Minerais (CPRM) a chuva deste dia foi equivalente a 24,9 milímetros, o que é uma quantidade irrisória, e muito abaixo das reais necessidades locais.
Existem fortes suspeitas que este decreto do executivo seja meramente pretexto para efetuar compras e demais gastos sem a necessidade legal de fazer a licitação pública, onde o município fica autorizado a comprar onde quiser e onde quiser.
O decreto prevê gastos com acomodação de famílias desalojadas, reconstrução de casas destruídas, animais mortos com a tragédia, aquisição de gêneros alimentícios, materiais de construção, locação de imóveis e veículos para os desabrigados. Consta também o pagamento de R$400,00 por mês em aluguel social por cada família desabrigada pela enchente. Tudo isto deve ou deverá ser contratado em caráter de urgência.