Enquanto os vereadores de Jaíba,
preocupados com a crise da seca que atormenta esta cidade e região viajaram
recentemente à capital mineira em busca de incentivos políticos no sentido de
viabilizar a construção de pequenas barragens, para manter a perenização do
nosso principal manancial de água, que é o rio Verde grande, o prefeito de
Jaíba, pela contra mão assinou no último dia 28 de fevereiro o seu decreto de
número 602/2013 declarando estado de calamidade pública alegando vento, grande
volume de chuvas e danos causados pela enchente.
Outros vários municípios da região
Norte Mineira decretaram estado de emergência devido a seca, pela escassez de
chuvas, enquanto Jaíba fez o contrário, pelo excesso de chuva. No decreto do
prefeito jaibense, o mesmo alega que houve um vento seguido de um “grande”
volume de chuva no último dia 27 de fevereiro de 2013, fato que gerou este
decreto. Conforme apurou o Folha de Jaíba, junto à Companhia de pesquisa de
recursos Minerais (CPRM) a chuva deste dia foi equivalente a 24,9 milímetros , o
que é uma quantidade irrisória, e muito abaixo das reais necessidades locais.
Existem fortes suspeitas que este
decreto do executivo seja meramente pretexto para efetuar compras e demais
gastos sem a necessidade legal de fazer a licitação pública, onde o município
fica autorizado a comprar onde quiser e onde quiser.
O decreto prevê gastos com
acomodação de famílias desalojadas, reconstrução de casas destruídas, animais
mortos com a tragédia, aquisição de gêneros alimentícios, materiais de
construção, locação de imóveis e veículos para os desabrigados. Consta também o
pagamento de R$400,00 por mês em aluguel social por cada família desabrigada
pela enchente. Tudo isto deve ou deverá ser contratado em caráter de urgência.