segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Católicos de Jaíba e Janaúba lamentam transferência de seus padres

chegará Pe. Henrique
SAIRÁ Pe. Ademir
Se por um lado grande parte dos católicos jaibenses manifestaram clamor através das redes sociais sobre a transferência do Pe. Ademir, também os fiéis da vizinha Janaúba choraram pelo anúncio da saída do Pe. Henrique que por 30 anos presta um brilhante trabalho à comunidade gorutubana. A saída destes dois padres dos municípios está marcada para o mês de janeiro de 2018.
O Pe. Henrique é o pároco mais antigo em atividades na cidade de Janaúba. O Padre Henrique Alves de Oliveira Filho completaria no dia 9 de fevereiro próximo 30 anos de sacerdócio na cidade janaubense, Ele que é natural de Brasília de Minas, localizada também nesta região Norte Mineira chegou em solo gorutubano em 9 de fevereiro de 1988 para assumir a quase paróquia Nossa Senhora Aparecida – virou paróquia em 12 de outubro de 1988, justamente no dia em que Henrique Alves completava um ano de ordenação.
A Diocese de Janaúba em que Jaíba está ligada possui 42 paróquias em 24 municípios. Em um vídeo que foi compartilhado na rede social o Pe. Henrique, mantendo um clima sereno e muito calmo ressaltou que a renovação em paróquias tem como finalidade a geração de entusiasmos nas comunidades e levar sempre o evangelho de Jesus. “Estamos atendendo o chamamento do pastor”, justificou o religioso.
O Bispo Dom Ricardo (de Janaúba) diante da repercussão do assunto sobre tal transferência procurou uma emissora de rádio de Janaúba e disse que o remanejamento dos padres faz parte de uma medida tomada pelo Papa Francisco e busca a integração missionária dos sacerdotes.

O chefe maior da Igreja Católica desta região em entrevista a radio de Janaúba pediu aos fiéis tranquilidade e sabedoria para entender que o Padre é um missionário por vocação e determinação da Igreja e deve ir levar o seu trabalho e acolhimento onde se fizer necessário. Disse entender a situação das pessoas que criam vínculos com o sacerdote que ficou em uma cidade durante muito tempo, porém, fez questão de lembrar que este mesmo vínculo pode se tornar prejudicial aos trabalhos da Igreja. Exemplifica, “como se fosse uma mãe que protege demasiadamente seu filho, encobrindo seus erros”. Assim passa a ser a igreja quando um sacerdote permanece por muito tempo no mesmo lugar devido ao vínculo emocional que abrange as pessoas da comunidade.