LUIZ Afonso da
Ruralminas falou
como técnico e não
como político
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Há um bom tempo vem travando uma
batalha judicial de uma área denominada como reserva florestal envolvendo a
justiça da Comarca de Manga e vários produtores que juntamente com suas
famílias ocupam esta terra e cultivam suas lavouras sequeiras e criam animais
como porco, galinha e gado.
No mês passado a justiça local
determinou pela segunda vez a reintegração de posse desta área, ou seja, os
ocupantes devem ou deviam desocupar a terra e devolvendo ao legítimo dono que é
o governo através da Ruralminas.
Mas o governo, mais uma vez
preferiu manter o diálogo e a negociação com os assentados, e para avisar sobre
um possível acordo, que ainda não foi efetivado, foi convocado uma quantidade
enorme de produtores rurais para uma reunião no Centro de Eventos que é
administrado pela prefeitura de Jaíba. Foram convocados, inclusive produtores
que nada tinha a ver com a área invadida. O produtor Ismael Oliveira do Projeto
Jaíba informou que foi convidado para esta reunião, mas não foi informado da
pauta e não sabia do que se tratava, e somente no final descobriu que teria
perdido a viagem (100 km .
Ida e volta).
Vários políticos locais fizeram
discursos inflamados, arrancando muitas palmas de uma platéia carente e
apreensiva que quer e necessita da posse definitiva das terras. O vereador e
presidente da Câmara Júnior Leonir anunciou na última reunião que esteve no
evento, mas não foi convidado para compor a mesa, por não pertencer ao grupo
político do prefeito. Pelo mesmo motivo o presidente da Câmara não foi
convidado para solenidade de abertura da festa da banana.
O presidente da Ruralminas, Luiz
Afonso, esteve presente na reunião, e fez questão de frisar que falaria de
forma sucinta, como técnico e não como político. Informou que, pretende
intervir junto à justiça do fórum de Manga para delatar a reintegração de posse
da área até que haja um acordo entre as partes.
Pretende a Ruralminas adquirir
juntamente com o INCRA uma fazenda próxima a área em conflito, e também
destinar uma área de 1.615
hectares que deverá ser desmembrada da própria reserva
ambiental para o assentamento destas famílias que já foram cadastradas pelo
governo.
Esta proposta de acordo da
Ruralminas pode perdurar por um bom tempo, pois depende de recursos
governamentais para compra da fazenda vizinha que pertence ao fazendeiro Aldo
Madureira, e a desafetação das 1.615 hectares da reserva ambiental dependem de
aprovação dos deputados da Assembléia Legislativa de Minas.