sábado, 18 de maio de 2013

Lorotas de Pedro Marques (por Brás da Viola)


A profecia do fim do mundo

Diziam-se há tempos idos que o ano 2.000 não chegaria, esta profecia era dita pelos sábios mais antigos e seguida pelos menos instruidos. Conversa fiada! O mundo acabou? Já passaram mais de 10 anos e o velho mundo continua. Existem várias profecias com previsões de fim do mundo. A internet está recheada de temas como este, pesquise e você verá. Era o ano de 1988, às 16 horas do dia 16 de fevereiro, quando Pedro Marques e o seu irmão gêmeo Paulo Marques, estavam realizando um culto em despedida, juntamente com um velho amigo chamado “Zequinha”. Toda família lá estava, além de convidados especiais para a tal despedida, estavam presentes figuras ilustres como José amaro, Osvaldo do caminhão, João Maria, Orestes, os saudosos Dadá, Chico Leite, Esterlino, D. Cizina mãe de Almerindo, Quelemente coveiro e mais uma aglomeração de curiosos, sendo que ao todo se contava cerca de 100 pessoas naquele recinto. Começa o culto de despedida com Pedro Marques na tribuna dizendo - Meus irmãos, amigos, vizinhos e curiosos, estamos aqui nesta noite enluarada para despedir deste mundo, pois, amanhã 17 de fevereiro de 1988 o mundo vai acabar. Esta é a profecia do Galeno Autodidata Pedro Marques, com aval do meu irmão gêmeo Paulo. Chegado está o tempo pliocênico para elucidar o fim dos tempos. Este mundo está podre, virou uma safadeza total, mulher amiga com mulher, homem casando com homem, ninguém tem mais palavra, só se ver caloteiro, safado, cachaceiro e mentiroso. Deus mandou me avisar através do espírito que esse mundo vai simplesmente evaporar. Pedro continua: “Adeus mundo falido, nunca mais ouvirás minha voz eloquente, adeus vizinhos incrédulos que não quiseram se converter, o inferno vos espera, tenham uma boa morte e sofram no caldeirão do diabo”. O irmão de Pedro, o Paulo por sua vez também usa a tribuna e diz: “Adeus mundo cruel, fica aqui a despedida eterna, nunca mais verás o meu rosto de carne, agora vamos viver em espírito no paraiso e que os abutres se saciam com tanto defunto para comer”! O filho mais velho do Pedro, (meu irmão) Nabucodonozor, se fazia presente. Sabemos que ele é deficiente, um excepcional, e se encontrava logo atrás daquela tribuna onde falava o Pedro Marques, e o seu inteligente irmão. De repente começou um odor muito forte naquele culto, muitos diziam: É “fedo”, é “fedo”, “é fedô” era um rapaz paraplégicol que se fazia também presente ali naquela despedida do mundo, mas o mesmo não tinha nada a ver com aquilo. Este meu irmão, batizado com o profético nome Nabucodonozor começou a defecar e urinar ali naquele recinto. Só se via gente saindo com as mãos no nariz. A platéia se mandou. Pedro Marques sem saber de nada, uma vez que se encontrava de frente ao público e de costas para o deficiente diz: Não vão embora, covardes, ouças a verdade do fim do mundo, quando alguém da platéia grita: - O menino defecou... Pedro olha para trás e comenta: - Coitado do meu filho Nabucodonozor! Está com tanto medo do fim do mundo que até cagou! Pedro Marques pegou o defecado e levou para tomar banho, trazendo perfume para desinfetar aquele salão. Despediu-se de todos, pegou a família e juntos foram para Salinas. Vamos assistir o fim do mundo em nossa terra natal, disse Pedro. Na estrada uma tia minha começa a chorar dentro do ônibus, alguém lhe pergunta: - Porque choras mulher? Esta responde: - O meu filho Daniel e o meu subrinho Brás não converteram, não quiseram o evangelho e segundo o Pedro Marques urubu irá comê-los vivos, diz que primeiro se come as “bodegas dos olhos” e depois o ânus e puxa toda tripa pra fora e come como se fosse macarrão! Ô dó de Brás, Ô dó de Daniel! E o mundo acabou? Passaram-se mais de 20 anos e o mundão do meu Deus ta aí.! Esse Pedro tem cada uma!...