A profecia do fim do
mundo
Diziam-se há tempos idos que o ano 2.000 não chegaria, esta
profecia era dita pelos sábios mais antigos e seguida pelos menos instruidos.
Conversa fiada! O mundo acabou? Já passaram mais de 10 anos e o velho mundo
continua. Existem várias profecias com previsões de fim do mundo. A internet
está recheada de temas como este, pesquise e você verá. Era o ano de 1988, às
16 horas do dia 16 de fevereiro, quando Pedro Marques e o seu irmão gêmeo Paulo
Marques, estavam realizando um culto em despedida, juntamente com um velho
amigo chamado “Zequinha”. Toda família lá estava, além de convidados especiais
para a tal despedida, estavam presentes figuras ilustres como José amaro,
Osvaldo do caminhão, João Maria, Orestes, os saudosos Dadá, Chico Leite,
Esterlino, D. Cizina mãe de Almerindo, Quelemente coveiro e mais uma
aglomeração de curiosos, sendo que ao todo se contava cerca de 100 pessoas
naquele recinto. Começa o culto de despedida com Pedro Marques na tribuna
dizendo - Meus irmãos, amigos, vizinhos e curiosos, estamos aqui nesta noite
enluarada para despedir deste mundo, pois, amanhã 17 de fevereiro de 1988 o
mundo vai acabar. Esta é a profecia do Galeno Autodidata Pedro Marques, com
aval do meu irmão gêmeo Paulo. Chegado está o tempo pliocênico para elucidar o
fim dos tempos. Este mundo está podre, virou uma safadeza total, mulher amiga
com mulher, homem casando com homem, ninguém tem mais palavra, só se ver
caloteiro, safado, cachaceiro e mentiroso. Deus mandou me avisar através do
espírito que esse mundo vai simplesmente evaporar. Pedro continua: “Adeus mundo
falido, nunca mais ouvirás minha voz eloquente, adeus vizinhos incrédulos que
não quiseram se converter, o inferno vos espera, tenham uma boa morte e sofram
no caldeirão do diabo”. O irmão de Pedro, o Paulo por sua vez também usa a
tribuna e diz: “Adeus mundo cruel, fica aqui a despedida eterna, nunca mais
verás o meu rosto de carne, agora vamos viver em espírito no paraiso e que os
abutres se saciam com tanto defunto para comer”! O filho mais velho do Pedro,
(meu irmão) Nabucodonozor, se fazia presente. Sabemos que ele é deficiente, um
excepcional, e se encontrava logo atrás daquela tribuna onde falava o Pedro
Marques, e o seu inteligente irmão. De repente começou um odor muito forte
naquele culto, muitos diziam: É “fedo”, é “fedo”, “é fedô” era um rapaz
paraplégicol que se fazia também presente ali naquela despedida do mundo, mas o
mesmo não tinha nada a ver com aquilo. Este meu irmão, batizado com o profético
nome Nabucodonozor começou a defecar e urinar ali naquele recinto. Só se via
gente saindo com as mãos no nariz. A platéia se mandou. Pedro Marques sem saber
de nada, uma vez que se encontrava de frente ao público e de costas para o
deficiente diz: Não vão embora, covardes, ouças a verdade do fim do mundo,
quando alguém da platéia grita: - O menino defecou... Pedro olha para trás e
comenta: - Coitado do meu filho Nabucodonozor! Está com tanto medo do fim do
mundo que até cagou! Pedro Marques pegou o defecado e levou para tomar banho,
trazendo perfume para desinfetar aquele salão. Despediu-se de todos, pegou a
família e juntos foram para Salinas. Vamos assistir o fim do mundo em nossa
terra natal, disse Pedro. Na estrada uma tia minha começa a chorar dentro do
ônibus, alguém lhe pergunta: - Porque choras mulher? Esta responde: - O meu
filho Daniel e o meu subrinho Brás não converteram, não quiseram o evangelho e
segundo o Pedro Marques urubu irá comê-los vivos, diz que primeiro se come as
“bodegas dos olhos” e depois o ânus e puxa toda tripa pra fora e come como se
fosse macarrão! Ô dó de Brás, Ô dó de Daniel! E o mundo acabou? Passaram-se
mais de 20 anos e o mundão do meu Deus ta aí.! Esse Pedro tem cada uma!...