VINHO Canônico
O governo às vezes exagera em sua
“fabricação” de leis. A lei seca, lei do bafômetro, enfim a retirada dos bebuns
de traz dos volantes está dando o que falar, porque veio pra ficar e está
tirando a tranqüilidade de alguns pelo seu exagerado rigor.
Criou polêmica até mesmo na Igreja
Católica a entrada em vigor desta nova lei, que proíbe qualquer vestígio de
álcool no sangue de motoristas.
A política de tolerância zero
preocupou padres que, durante a celebração da eucaristia, bebem vinho com alto
teor alcoólico, o chamado vinho canônico. Esse vinho é licoroso, com graduação
alcoólica de 16%.
Com receio de ver os párocos
barrados em alguma blitz, o arcebispo de Curitiba autorizou que o vinho
canônico fosse trocado por vinho sem álcool ou suco de uva. A orientação foi
seguida por arquidioceses do interior do Paraná.
Por sua vez, a arquidiocese de
Curitiba voltou atrás e informou que nova nota com orientação para os padres será
distribuída. A recomendação agora é que os celebrantes reduzam ao máximo a
ingestão do vinho durante as missas.
Segundo a arquidiocese, a
substituição do vinho só é permitida em casos extremos porque a bebida é
considerada a "matéria do sangue de Jesus Cristo", que teria
transformado pão e vinho em seu corpo e sangue na última ceia.
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