quinta-feira, 24 de maio de 2018

Plantio de banana em área livre ao lado dos pivôs de cana da Sada


A empresa Sada em Jaíba, que cultiva cerca de 10 mil hectares de cana em mais de 100 pivôs de irrigação está fazendo uma inovação em suas áreas irrigadas com a parceria no consórcio do plantio de cana ladeada por bananeiras.
Do lado da plantação de cana-de-açúcar, o plantio de banana, muita banana. Foi dessa vizinhança, que está brotando novos empregos. A iniciativa partiu da vizinha da Sada, a Fazenda Buraco da Coruja que percebeu o potencial das faixas livres de terra que rodeavam o canavial. A fazenda ao lado dos pivôs fez a proposta e foi arrendada a área livre do círculo de irrigação da cana.
O Jaíba é o maior produtor de banana do Estado, que é o terceiro maior produtor do Brasil. De lá, saíram 115 mil toneladas no ano passado. Tudo, graças à irrigação. A cana é plantada em círculos irrigados a partir de pivôs centrais. Entre um círculo e outro, onde a água não alcança, as áreas ficam sem plantio e são chamadas de “calcinhas”.
A Sada destaca os ganhos para o canavial, que fica protegido. “O valor do arrendamento em si não é o mais significativo. O mais importante é ocupar e aproveitar ao máximo as áreas produtivas. E a importância é para toda a região, porque vai gerar mais empregos e fazer a economia fluir mais”, ressalta.
Para o analista de agronegócios da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) Caio Coimbra, o aproveitamento das áreas não plantadas entre os pivôs traz uma relação de ganha-ganha. “Com a renda extra, o produtor da cana pode se capitalizar. Ele também ganha em melhoria do solo, porque o produtor da banana vai adubar, e isso aumenta a fertilidade. Outro benefício é que vai evitar a erosão”, ressalta.
Na outra ponta, o produtor de banana vai expandir a produção, sem precisar fazer altos investimentos. “O custo do arrendamento é bem menor do que o da compra, sem falar que, ao arrendar, o produtor não imobiliza o capital. Isso faz com que sobrem mais recursos para que ele invista, aumente a produção e se consolide no mercado”, avalia o analista de agronegócios. (fonte: O Tempo).