sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Sapateiro traz inovações para Jaíba na arte milenar de reparos em calçados

O jovem sapateiro Gabriel Santos está há cinco anos em Jaíba desenvolvendo um dos ofícios mais antigos da humanidade. Ele veio da capital paulista onde fez curso de conserto e fabricação de calçados.
Muita gente ainda não sabe da existência deste ofício e acaba descartando e jogando no lixo muitos calçados em bom estado de conservação e que poderia ser usado por mais um bom tempo. Falta muita informação, uma vez que este tipo de serviço é muito escasso e nem toda cidade conta com esta prestação de serviços. Sendo a profissão de sapateiro muito antiga que pode está chegando ao fim ou ao desuso.
O sapateiro jaibense que conta com uma selecionada clientela, infantil, feminina e masculina informa que não trabalha apenas com calçados usados, pois muitos calçados novos (sapatos ou tênis) vêm apenas colados de fábrica e requer uma costura para maior durabilidade.
Todo o serviço do sapateiro jaibense é agendado e marcado o dia e horário para entrega. Conta o profissional que atende muitos clientes que agregam valor sentimental ao calçado e não quer fazer o descarte, daí é oferecida uma reforma que envolve além de reparos, mudança de cor ou outros enfeites.
Gabriel Santos tem seu atelier montado para atendimento ao público, próximo à Praça do Mercado (centro) e atende também pelo telefone ou whatsapp 031.97533.2859.
Um pouco da história desta profissão
Em pesquisa na internet pudemos ver que o ofício de sapateiro surgiu por volta do ano 280 com os irmãos Crispim e Crispiano, que eram ricos e fizeram voto de pobreza, distribuíram a riqueza e se tornaram sapateiros. Após mil anos, por volta de 1.300, um bispo recuperou as vestes dos irmãos e criou uma Igreja em homenagem a eles. Foi então convencionado o Dia 25 de outubro como o Dia do Sapateiro, em homenagem a São Crispim. Em Franca, São Paulo, que é o grande polo produtivo calçadista, existe uma capela dedicada a São Crispim.

O primeiro calçado foi registrado na história do Egito, por volta de 2000 a 3000 a.C.. Trata-se de uma sandália, composta por duas partes, uma base, formada por tranças de cordas de raízes como cânhamo ou capim, e uma alça presa aos lados, passando sobre o peito do pé. O sapateiro precisa gostar e ter convicção ao escolher essa profissão tão tradicional, pois como diz a sabedoria popular: “é ingrata à profissão de sapateiro, o artista mete as mãos onde os outros colocam os pés”.