O jovem sapateiro Gabriel Santos está há
cinco anos em Jaíba desenvolvendo um dos ofícios mais antigos da humanidade.
Ele veio da capital paulista onde fez curso de conserto e fabricação de
calçados.
Muita gente ainda não sabe da existência
deste ofício e acaba descartando e jogando no lixo muitos calçados em bom
estado de conservação e que poderia ser usado por mais um bom tempo. Falta
muita informação, uma vez que este tipo de serviço é muito escasso e nem toda
cidade conta com esta prestação de serviços. Sendo a profissão de sapateiro
muito antiga que pode está chegando ao fim ou ao desuso.
O sapateiro jaibense que conta com uma
selecionada clientela, infantil, feminina e masculina informa que não trabalha
apenas com calçados usados, pois muitos calçados novos (sapatos ou tênis) vêm
apenas colados de fábrica e requer uma costura para maior durabilidade.
Todo o serviço do sapateiro jaibense é
agendado e marcado o dia e horário para entrega. Conta o profissional que
atende muitos clientes que agregam valor sentimental ao calçado e não quer
fazer o descarte, daí é oferecida uma reforma que envolve além de reparos,
mudança de cor ou outros enfeites.
Gabriel Santos tem seu atelier montado para
atendimento ao público, próximo à Praça do Mercado (centro) e atende também
pelo telefone ou whatsapp 031.97533.2859.
Um
pouco da história desta profissão
Em pesquisa na internet pudemos ver que o
ofício de sapateiro surgiu por volta do ano 280 com os irmãos Crispim e
Crispiano, que eram ricos e fizeram voto de pobreza, distribuíram a riqueza e
se tornaram sapateiros. Após mil anos, por volta de 1.300, um bispo recuperou
as vestes dos irmãos e criou uma Igreja em homenagem a eles. Foi então
convencionado o Dia 25 de outubro como o Dia do Sapateiro, em homenagem a São
Crispim. Em Franca, São Paulo, que é o grande polo produtivo calçadista, existe
uma capela dedicada a São Crispim.
O primeiro calçado foi registrado na história
do Egito, por volta de 2000 a 3000 a.C.. Trata-se de uma sandália, composta por
duas partes, uma base, formada por tranças de cordas de raízes como cânhamo ou
capim, e uma alça presa aos lados, passando sobre o peito do pé. O sapateiro
precisa gostar e ter convicção ao escolher essa profissão tão tradicional, pois
como diz a sabedoria popular: “é ingrata à profissão de sapateiro, o artista
mete as mãos onde os outros colocam os pés”.