ENGENHEIRO catalogando espécies nativas
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A Ruralminas, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento dos
Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), entregou às autoridades
ambientais o inventário florestal realizado na região do Jaíba. O inventário
foi realizado entre os meses de abril e setembro deste ano e gerou uma economia
de tempo e recursos financeiros. Segundo a Codevasf, caso fosse contratada uma
empresa para realizar o trabalho, haveria um custo estimado em R$ 2 milhões e
um prazo de execução de dois anos.
O inventário florestal é um levantamento para obter informações
sobre as características quantitativas e qualitativas da floresta do Jaíba.
Foram realizados os cadastramentos da vegetação existente na área onde será
realizada a supressão vegetal.
Esse trabalho, por exigência legal, teve uma grande abrangência,
fato que levou a realização de um levantamento fitossociologio, que além de
mensurar o volume, também trata da composição florística e a evolução de
determinada vegetação ou bioma. Cerca de cinco mil hectares foram analisados e
mais de 30 profissionais foram envolvidos diretamente através da Ruralminas,
Codevasf, Prefeitura, Distritos de Irrigação – DIJ I e DIJ II, empresa Sada,
Emater e Instituto Estadual de Florestas (IEF). Outros colaboradores também
contribuíram indiretamente.
O engenheiro florestal da Ruralminas, Antônio Soares, explica que
em 2006 foi criada a lei nº 11.428, regulamentada, em 2008, pelo decreto 6660,
que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do bioma Mata
Atlântica. “Como o semiárido abrange grande parte do nordeste do Brasil esta
lei está trazendo um transtorno muito maior que se pode prever, confunde e gera
duvidas”, afirma Antônio.
Após aprovação do Inventário Florestal da área irrigada do Projeto
Jaíba pela Superintendência Regional de Regularização Ambiental (Supram), a Ruralminas
vai pedir ao Ibama uma anuência para utilização da área.