sexta-feira, 23 de maio de 2014

Venda de lotes urbanos em loteamento irregular vira caso de polícia

EX PREFEITO Giovani diz que não
tinha conhecimento das vendas


Um calote coletivo pode ter lesado cerca de 40 pessoas em Jaíba. Um cidadão, até então conhecido por Fidelcino Lacerda Filho que montou um escritório numa avenida principal da cidade (em frente a Transnorte) executou de forma fraudulenta a venda de lotes urbanos numa área de propriedade do ex prefeito de Jaíba Giovani Fonseca. O dono do prédio do escritório informou que também foi caloteado no pagamento do aluguel. Conforme informações das vítimas, o suspeito de tal falcatrua ficou nesta cidade por quase um ano.
O escritório que ostentava uma placa com o nome da empresa, EXECUTIVA SERVIÇOS, fazia “qualquer tipo de negócio” para vender os lotes que podiam ter pagamentos parcelados, ou mesmo troca em qualquer outro bem como veículos e outros e sem ter uma tabela específica com preços variando de 20 a 40 mil reais cada lote urbano. E o empreendedor chegou a abrir ruas com patrol, colocou no local manilhas de esgoto e alguns postes para receber energia.
Uma das vítimas, Alexandre Warley Miranda informou que chegou a desconfiar da venda, e precavido, telefonou para o proprietário do loteamento, o médico Giovani Fonseca, e este, teria aconselhado a compra como autêntica.
Na Polícia Civil de Jaíba, encontra-se registrado o Boletim de Ocorrência RED2014007809436-001, onde as vítimas apresentaram documentação que prova a compra e pagamento dos imóveis e correm o risco de perda total do investimento. Através do CNPJ, o Jornal Folha de Jaíba conseguiu obter o endereço da empresa do autor, que fica na rua Manoel Avelino Caetano, 239 em Patos de Minas – MG e também a foto da casa onde pode funcionar a empresa.
No contrato de venda dos lotes consta que o imóvel será entregue com água, luz, meio fio e asfalto, e assim que assinar o contrato (que foi assinado) e efetuar o pagamento, o comprador já pode tomar posse do terreno. No contrato também consta uma cláusula, um pouco estranha que reza o seguinte: Caso o comprador atrasar três parcelas da prestação, perderá os direitos do imóvel, sem ressarcimento de quaisquer pagamentos já feitos para o vendedor.

Giovani Fonseca nega qualquer envolvimento no caso
O proprietário do loteamento informou ao Folha de Jaíba, que também é vítima desta denúncia de estelionato e que também foi lesado pelo acusado, frisando que nem sequer existe loteamento, pois não há nada registrado na prefeitura e nos órgãos ambientais e a efetivação viria com infra estrutura de asfalto, rede de esgoto energia. Negando veementemente que sabia das vendas que estavam sendo realizadas em Jaíba.
Explicou também o médico Giovani Fonseca, que, logo ao saber das vendas, procurou a polícia local e apresentou denúncia contra o vendedor que pode está foragido. Conforme o proprietário do imóvel, existia um acordo entre ele e a empresa Executiva Serviços, em que esta patrocinaria por sua conta o serviço de implantação do loteamento e depois as vendas eram divididas em 50% para cada um.
O comprador afirma que ligou para o médico e foi aconselhado a comprar o imóvel e desafia a justiça a quebrar o sigilo telefônico para comprovar a conversa via telefone celular. Por outro lado, Giovani afirma categoricamente que chegou a aconselhar: “- Se alguém oferecer, não compre”.