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HOSPITAL foi palco de desordem
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Parece que em Jaíba está proibido adoecer ou morrer nos
finais de semana. No último domingo dia 18, o único hospital desta cidade foi
alardeado com uma bagunça generalizada e muito sofrimento das pessoas que
buscavam o direito a uma saúde digna que é assegurada em lei.
Muitos pacientes contratando serviço de taxi para buscar
atendimento em cidade vizinha diante da incompetência dos gestores do serviço
de saúde que é administrada pela prefeitura local. Foi constatado também dois
óbitos, e a família diante da comoção não podendo sequer providenciar o velório
das vítimas pois não existia um médico para assinar a liberação dos corpos, e
estranhamente, no mesmo horário o prefeito, e talvez até o médico plantonista
estavam assistindo uma partida de futebol há poucos metros do hospital.
Foram providenciados boletins de ocorrência policial e o
vereador Welton Luiz da Silva viabilizou junto ao cartório desta cidade a
lavratura de uma Ata Notarial constatando as anormalidades. Conforme a Ata Notarial, o representante
legal do cartório compareceu ao local e presenciou várias pessoas solicitando
atendimento médico sem conseguir e corpos sem vida aguardando liberação. Este
documento tem fé pública e valerá para as devidas providencias.
Na última sexta feira, dia 23 a Câmara Municipal realizou
uma reunião extraordinária onde convocou o secretário municipal de saúde para
dar explicações sobre este gravíssimo incidente.
Prefeito de Jaíba assina contrato milionário com
fornecedores de saúde
O grave problema do atendimento no
setor de saúde oferecido ao povo jaibense, está mais que provado, que não é
falta de dinheiro, pois o prefeito desta cidade assinou contrato com alguns
fornecedores desta cidade e de outros locais como Manga e Janaúba que chega
próximo ao montante de 4 milhões de reais. Este contrato estará em vigor até 25
de março de 2015. Das clínicas contratadas, uma dá emprego a um médico irmão do
prefeito de Jaíba.
A contratação de profissionais da
área médica chegou ao valor de R$ 3.978.521,24, e como o prazo é de um ano,
dividimos por 12 que dará R$ 331.543,43 por mês. Ou seja, dá para manter mais
de trinta médicos trabalhando no município.
Vejam a relação dos médicos e
clínicas contratadas e os respectivos valores:
- Clínica Médica Robleto e Araujo
Ltda (Jaíba) R$ 823.821,72
- Centro de Diagnóstico por Imagem
Santa Maria Ltda (Janaúba) R$ 1.137.739,52
- Clínica de Otorrinolaringologia
(Janaúba) R$ 48.600,00
- Policlínica Bem Estar Ltda
(Janaúba) R$ 488.400,00
- Amaro Ribeiro Neto (Manga) R$
401.400,00
- Christiano Nogueira Teago
(Janaúba) R$ 430.560,00
- Clínica da pele Serviços Médicos
Ltda (Janaúba) R$ 324.000,00
- Policlínica Santa Maria Ltda
(Janaúba) R$ 324.000,00
Programa Mais Médicos do Governo Federal não chega em Jaíba
Vários municípios vizinhos como
Porteirinha, Januária, Montes claros e outros, já receberam e estão em pleno e
belo trabalho os médicos brasileiros, ou estrangeiros, (que falam nossa língua)
para atender a população. Esses médicos têm um custo muito barato para o
município que atende basicamente regras para alimentação e alojamento dos
profissionais e seus familiares. Muitos prefeitos não querem trabalhar com
esses médicos, justamente porque o custo é muito pequeno e eles não dão nota
fiscal e nem participam de licitação.
Para o município participar do
Programa Mais Médicos, é necessário fazer o devido cadastro no Ministério da
Saúde e requer aprovação das Câmaras Municipais de cada cidade. A iniciativa
não pode partir dos vereadores, apenas do prefeito.
De acordo com a decisão do
governamental, os municípios que aderiram ao programa do governo federal para
atrair médicos brasileiros e estrangeiros a regiões carentes no Brasil devem se
comprometer a disponibilizar moradia para os profissionais, seja cedendo imóvel
ou hospedagem em hotéis e pousadas, ou por meio de repasses para o custo de
aluguel.
No caso de o município optar pelo
repasse do aluguel, a portaria fixa um valor mínimo de R$ 500 e máximo de R$
2.500, mas ressalta que os municípios podem exceder esse limite caso comprovem
os custos do mercado imobiliário local mediante três cotações de preço.
Os municípios também devem
assegurar o transporte dos profissionais na chegada às localidades em que irão
trabalhar, além de oferecer condições sanitárias, de alimentação e de energia
elétrica para sua estadia. A portaria institui que as prefeituras devem
repassar entre R$ 371 e R$ 500 para os custos de alimentação dos médicos, ou
oferecê-la por conta própria.