quarta-feira, 16 de março de 2016

Ex-prefeito Jimi coleciona mais uma derrota na tentativa de voltar ao cargo

O ex-prefeito Jimi que teve uma eleição bastante confusa onde os eleitores ao usarem a urna eletrônica votaram nele, mas enxergando a foto de outro candidato, ainda não aceitou a cassação de seu mandato eletivo. Atualmente tanto o candidato que emprestou a foto quanto Jimi estão enquadrados na lei de “ficha suja”. Lembrando que o médico que viabilizou a foto já estava inelegível na época.
Desde a perda do mandato que este prefeito vem tentando retornar sua função de mandatário do município de Jaíba, chegando até mesmo reassumir sua função por apenas onze dias. Este ex-prefeito tem para sua defesa a advogada Adriana Belli, que é uma das profissionais mais caras de Minas. É a mesma advogada que viabilizou o retorno do ex-prefeito Detim ao cargo quando o mesmo foi afastado.
Desta vez o pedido de retorno deste ex-prefeito foi patrocinado pelo Ministério Público que ingressou na justiça pedindo o cancelamento ou suspensão dos trabalhos investigativos da Câmara Municipal que resultou numa Comissão Processante que cassou este ex-prefeito.
Na petição o Ministério Público acusa o ex-presidente da Câmara Júnior Leonir de promover a cassação do referido prefeito em proveito próprio na intenção de ocupar sua vaga como segundo colocado na linha sucessória.
O juiz de Manga Marco Antônio de Oliveira Roberto negou o pedido de cancelar os trabalhos legislativos que resultou na cassação de Jimi e em sua decisão e fez questão de mencionar toda a trajetória da novela envolvendo a fatídica eleição municipal de 2012 que houve um desastroso pacto de facções políticas inimigas para chegar ao poder por um custo muito alto para a população.
O juiz argumenta que o Ministério Público pretendeu a suspensão do decreto da Câmara Municipal de Jaíba que cassou o prefeito Jimi “a fim de resguardar o interesse público, notadamente a estabilização político político-administrativa do município, tendo em vista que os supostos atos ímprobos – com violação dos princípios constitucionais administrativos – praticados pelos requeridos (vereadores) alteram indevidamente o governo e a gestão pública do município”. Concluiu o juiz que a suspensão do decreto legislativo poderá causar maior prejuízo ao interesse público.

Juiz enumera a história do prefeito cassado
O juiz Marco Antônio de Manga profere que Jimi foi eleito em 2012, em seguida, em novembro de 2013 foi afastado pelo Poder Judiciário, juntamente com o vice Enoch e outros como Nilton Nunes de Oliveira, Anderson Pacheco e Adilson de Freitas David. Em seguida Jimi foi cassado pela Câmara de Vereadores e o vice-prefeito convocado para assumir o cargo. O vice-prefeito Enoch foi afastado e durante seu afastamento, entre os dias 02 e 19 de dezembro de 2013 assumiu interinamente o presidente da Câmara Júnior Leonir.
Prossegue o juiz afirmando que em 1º de abril de 2015 a Câmara instalou Comissão Processante em desfavor de Enoch Vinícius que resultou em sua cassação. O presidente do Legislativo Valdemir Soares é afastado por 90 dias, assumindo sua função Farrique Xavier que continuou os trabalhos da Comissão Processante. Tendo o prefeito cassado Enoch seu retorno através de liminar judicial.
Em seguida (agosto de 2015) o juiz de Manga concedeu tutela antecipatória suspendendo a cassação de Jimi e o mesmo reintegrado ao poder que também foi em poucos dias afastado. Depois veio a prisão preventiva do então prefeito Enoch gerando a posse do presidente da Câmara Valdemir Soares como prefeito.
Concluiu o juiz: “Por fim, seria contrassenso conceder a medida cautelar gerando maior prejuízo do aquele já existente. Com esses fundamentos, desde já, INDEFIRO A MEDIDA CAUTELAR”.

O ex-prefeito Jimi aguarda ainda o julgamento de outro processo que envolve sua cassação e afastamento na justiça da capital mineira.