quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Linha de voo diário do Projeto Jaíba a Montes Claros será suspenso

O programa de voos no Território Norte de Minas, que conectava os municípios de Montes Claros, Salinas e Jaíba, não apresentou procura e média de ocupação suficiente para manutenção do projeto nas localidades e será suspenso.
O atendimento do Voe Minas Gerais está sendo redirecionado às cidades que apresentaram maior demanda por serviço aéreo nas fases anteriores do projeto. Porém, o Governo de Minas Gerais, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e da Secretaria de Transportes e Obras Públicas (Setop), dá início à quarta fase do Voe Minas Gerais, Projeto de Integração Regional – Modal Aéreo.
Desde o início deste mês, duas novas cidades passam a receber voos para o Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte: Salinas, no Norte de Minas, e Paracatu. O projeto também retorna ao município de Patos de Minas, já atendido em fases anteriores. Outra novidade da fase é que Teófilo Otoni, destino mais procurado no projeto, terá voos diretos para Belo Horizonte todos os dias, de segunda a sexta-feira.
Paracatu, no Noroeste do Estado, é um importante polo de mineração e de produção agropecuária. A cidade de Salinas, notória pela fabricação de cachaças, terá voos de acesso à Capital e a Araçuaí, conectando o Vale do Jequitinhonha e o Norte de Minas Gerais. A rota de Patos de Minas havia sido suspensa em junho deste ano devido ao início do fornecimento do serviço na cidade por uma empresa privada. Descontinuada a atividade da iniciativa privada, a operação na rota, que havia apresentado bons resultados anteriormente, foi restabelecida pelo Voe Minas Gerais.
Os 18 municípios atendidos na quarta fase são: Almenara, Araçuaí, Araxá, Belo Horizonte, Diamantina, Juiz de Fora, Manhuaçu, Paracatu, Passos, Patos de Minas, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Salinas, São João Del-Rei, Teófilo Otoni, Ubá, Varginha e Viçosa. O Voe Minas Gerais é uma iniciativa de fomento ao transporte aéreo regional, que tem como fundamento a flexibilidade das rotas, que são desenvolvidas e adaptadas para atender às demandas locais.
O Voe Minas Gerais foi lançado em agosto de 2016, ligando 12 cidades mineiras ao Aeroporto da Pampulha, na capital. Em novembro do ano passado, outras cinco cidades foram incluídas às rotas, que passaram a ter, além de voos diretos para Belo Horizonte, opções de escala, com voos que ligam os municípios do interior entre si. Em junho deste ano, o projeto iniciou sua terceira fase, ampliando a atuação no Vale do Jequitinhonha e chegando ao Norte do Estado. Os voos são realizados em aeronaves Cessna Grand Caravan 208 B, que transportam até nove passageiros. O valor das passagens varia de R$ 130 a R$ 700, de acordo com a distância percorrida.
O projeto busca fomentar os negócios locais, desenvolver o turismo, integrar as diversas regiões do estado e facilitar o deslocamento de moradores do interior para Belo Horizonte, permitindo que tenham acesso rápido a eventos e serviços disponíveis na capital.
Para Minas Gerais, que possui uma área total de quase 600 mil quilômetros quadrados, o investimento na regionalização por meio do transporte aéreo é estratégico para atender a meta de redução das desigualdades nos 17 territórios de desenvolvimento estabelecidos pelo Governo do Estado.

Segundo informações da Secretaria Nacional de Aviação Civil (Anac), Minas Gerais conta com 86 aeródromos públicos. A administração, a manutenção e a exploração dos aeródromos públicos são atribuições da União. A Setop vem trabalhando em processos de delegação União-Estado, possibilitando investimentos do Governo Estadual em reformas, melhorias e posterior delegação aos municípios ou empresas, para operação e manutenção.