O
programa de voos no Território Norte de Minas, que conectava os municípios de
Montes Claros, Salinas e Jaíba, não
apresentou procura e média de ocupação suficiente para manutenção do projeto
nas localidades e será suspenso.
O
atendimento do Voe Minas Gerais está sendo redirecionado às cidades que
apresentaram maior demanda por serviço aéreo nas fases anteriores do projeto.
Porém, o Governo de Minas Gerais, por meio da Companhia de Desenvolvimento
Econômico de Minas Gerais (Codemig) e da Secretaria de Transportes e Obras
Públicas (Setop), dá início à quarta fase do Voe Minas Gerais, Projeto de Integração
Regional – Modal Aéreo.
Desde o
início deste mês, duas novas cidades passam a receber voos para o Aeroporto da
Pampulha, em Belo Horizonte: Salinas, no Norte de Minas, e Paracatu. O projeto
também retorna ao município de Patos de Minas, já atendido em fases anteriores.
Outra novidade da fase é que Teófilo Otoni, destino mais procurado no projeto,
terá voos diretos para Belo Horizonte todos os dias, de segunda a sexta-feira.
Paracatu,
no Noroeste do Estado, é um importante polo de mineração e de produção
agropecuária. A cidade de Salinas, notória pela fabricação de cachaças, terá
voos de acesso à Capital e a Araçuaí, conectando o Vale do Jequitinhonha e o
Norte de Minas Gerais. A rota de Patos de Minas havia sido suspensa em junho
deste ano devido ao início do fornecimento do serviço na cidade por uma empresa
privada. Descontinuada a atividade da iniciativa privada, a operação na rota,
que havia apresentado bons resultados anteriormente, foi restabelecida pelo Voe
Minas Gerais.
Os 18
municípios atendidos na quarta fase são: Almenara, Araçuaí, Araxá, Belo
Horizonte, Diamantina, Juiz de Fora, Manhuaçu, Paracatu, Passos, Patos de
Minas, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Salinas, São João Del-Rei, Teófilo Otoni,
Ubá, Varginha e Viçosa. O Voe Minas Gerais é uma iniciativa de fomento ao
transporte aéreo regional, que tem como fundamento a flexibilidade das rotas,
que são desenvolvidas e adaptadas para atender às demandas locais.
O Voe
Minas Gerais foi lançado em agosto de 2016, ligando 12 cidades mineiras ao
Aeroporto da Pampulha, na capital. Em novembro do ano passado, outras cinco
cidades foram incluídas às rotas, que passaram a ter, além de voos diretos para
Belo Horizonte, opções de escala, com voos que ligam os municípios do interior
entre si. Em junho deste ano, o projeto iniciou sua terceira fase, ampliando a
atuação no Vale do Jequitinhonha e chegando ao Norte do Estado. Os voos são
realizados em aeronaves Cessna Grand Caravan 208 B, que transportam até nove
passageiros. O valor das passagens varia de R$ 130 a R$ 700, de acordo com a
distância percorrida.
O
projeto busca fomentar os negócios locais, desenvolver o turismo, integrar as
diversas regiões do estado e facilitar o deslocamento de moradores do interior
para Belo Horizonte, permitindo que tenham acesso rápido a eventos e serviços
disponíveis na capital.
Para
Minas Gerais, que possui uma área total de quase 600 mil quilômetros quadrados,
o investimento na regionalização por meio do transporte aéreo é estratégico
para atender a meta de redução das desigualdades nos 17 territórios de
desenvolvimento estabelecidos pelo Governo do Estado.
Segundo
informações da Secretaria Nacional de Aviação Civil (Anac), Minas Gerais conta
com 86 aeródromos públicos. A administração, a manutenção e a exploração dos
aeródromos públicos são atribuições da União. A Setop vem trabalhando em
processos de delegação União-Estado, possibilitando investimentos do Governo
Estadual em reformas, melhorias e posterior delegação aos municípios ou empresas,
para operação e manutenção.