JOVEM como
escritor
Aos poucos o
sofrido município de Jaíba vem se despontando no segmento literário, com
algumas obras já publicadas por escritores desta terra.
Entre o
trabalho na lavoura e os estudos, Diego Clemente, um jovem filho de agricultores
familiares do Projeto Jaíba realizou um desejo nada fácil: escrever um livro.
Com o tema “Mistério do Pai Virgem”, fala sobre um adolescente que quer
conhecer o pai. Sem experiência, Diego buscou ajuda para publicar a história. E
ele não precisou ir muito longe. O apoio veio da Emater local, que presta
assistência técnica na propriedade da família. O lançamento aconteceu em Belo
Horizonte no mês passado, (dezembro).
O jovem
escritor de apenas 20 anos leva uma vida simples. Seus pais são separados. Ele
mora com a mãe e mais dois irmãos. A família se dedica à produção,
principalmente, de feijão, limão e melancia. E foi durante o trabalho na
lavoura que surgiu a história do livro.
“Meu irmão e
eu tramávamos um título para um livro, que deveria ser o mais curioso e
interrogativo possível. Horas discutindo e achamos que seria legal: O Mistério
do Pai Virgem. E estava lançado o meu desafio. Meu irmão, Paulo, aguardou
ansiosamente o resultado daquela ideia”, diz Diego.
O “Mistério do
Pai Virgem” é a história de Juan, filho único e que mora com a mãe. Ele não
conhecia seu pai. Quando sua mãe é presa, Juan é adotado pelos tios. Com o
tempo, o desejo de encontrar seu pai cresceu cada vez mais. A partir daí Juan
decide partir secretamente numa busca para descobrir o paradeiro de seu pai.
“Eu quis demonstrar a importância da família e das pessoas próximas, que nos
acolhem e nos dão amor”, diz.
Depois de o
livro pronto, faltava publicar. Diego não sabia exatamente como fazer isso.
Entre uma conversa com um e outro, ele mostrou a sua história para as extensionistas
da Emater. Elas gostaram da ideia desde o início e prometeram ajudar.
Foram as
extensionistas da Emater-MG que levaram Diego até a Editora Unimontes, em
Montes Claros. O jovem autor apresentou o seu projeto e a editora decidiu
publicá-lo. O livro foi editado com recursos da própria família, que chegou a
fazer um financiamento pelo Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar
(Pronaf).
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