O POSSANTE SCORT XR3
Em 1991 o Galeno autodidata Pedro Marques de Oliveira
comprou um automóvel, se tratava de um Scort XR3, cor preta, proveniente de uma
catira. Trocou-se o carro em um bar que se chamava: “BAR DOS IRMÃOS GÊMEOS
PEDRO E PAULO”. O carro era semi-novo e pertencia ao irmão do “Galego do
salão”, que se chama “Luiz” na época morador em Mato Verde. Ninguém
na casa sabia dirigir e o “BRASA”, (hoje Brás da Viola) começa a pegar umas
aulas de volante com “Galego do salão”. Eu tinha 17 anos na época, Pedro
Marques dizia: Ô “BRASA” vai se tornar um motorista por autodidaxia, assim como
seu pai. Vai ser autodidata em termo de direção automobilística. Pode deixar
galego... O meu filho não vai mais precisar de suas aulas, você se trata de uma
roda-dura, assim vai fazer do meu espermatozóide que virou gente um
inconseqüente no volante. Num belo final de semana, o tal “Brasa” convida Galego
do salão para fazer uma corrida até Verdelândia, para juntos ver umas meninas
bonitas e tomar uma cervejinha. Pense num roda-dura, já dirigindo em plena
rodovia asfaltada. Já saiu de Jaíba a
toda velocidade, o Galego como passageiro convidado, e o “Brasa” com uma luneta
daquelas de delegado sobre os olhos. No toca-fitas do carro estava rodando
Leandro e Leonardo, a música: Cadê você, que nunca mais apareceu aqui... A toda
altura. Em plena BR
o tal “Brasa” foi tentar uma ultrapassagem, porém, não conseguiu. Ele não deu o
tempo certo das marchas, tendo o carro com a quinta marcha ficado sem força
para o desejo do motorista! O carro bambeou quando estava em páreo com o
retardatário, quando o Galego viu que ia bater no oponente, este por sua vez
levou a mão no volante e desviou o carro para a esquerda, que saiu quebrando pé
de São João e bateu em um barranco mais adiante, atingindo também uma moita de
arranha gato. Morreram anus, rolinhas, bem-te-vis, gaviões, e outros bichos. No
acidente, Galego quebrou o nariz. Podem observar que até hoje ele tem as
narinas deformadas. Já o tal “Brasa” saiu gritando e dizendo: “Vou beber
veneno, vou beber veneno, bati um carro novo em folha”. O Pedro vai me matar.
Nós fomos socorridos pelo próprio dono do carro que envolveu no acidente,
lembrando que este não teve culpa nenhuma. De repente, após um fuxiqueiro de
plantão trazer a triste notícia, chega Pedro Marques no local do acidente com
um policial dizendo: - Cadê o “Brasa” tomara que tenha morrido. Eu prefiro o
meu carro são e salvo do que esse excomungado vivo! Cadê! Se tiver vivo é pra
levar preso, já trouxe o policial com algema e tudo! Cadê o Galego... Ele é o
culpado, com certeza arquitetou esse plano diabólico para bater o meu carro!
Muitos curiosos no local e Pedro esbaforava para uma multidão ali presente: -
Na próxima compra do cientista o “Brasa” não escapa, Eu, autodidata cientista
vou ter a udibilidade adicional de comprar uma moto CB-400 e dar pra ele, e
vou-lhe dizer: - Acelera desgraça, acelera “Brasa”... Coloca 300 km e entra debaixo de
uma carreta... Não vai sobrar nem a alma pra contar história. Já vou encomendar
até o caixão! Lá em casa é assim: o “Nabucodonozor” que é o doido de nascença
não me dá trabalho nenhum, já o que é são não presta nem pra casar, o tal do
“Brasa”... Tem o “pingulim” bem “pirritotim”, já o doente de paralisia
infantil, Óh o tamanho da “chibata”!
Deus dá giral pra quem não tem toucinho.