sábado, 21 de setembro de 2013

Caso de menino enterrado no quintal aguarda laudo médico

CRIANÇA vítima
Este mês uma notícia policial de Jaíba entrou na mídia regional e nacional, com a vinda por aqui de dois canais de televisão e jornais de grande circulação. Trata-se do caso de uma criança que foi enterrada no quintal de sua própria casa, na área rural deste município. Os pais que chegaram ser presos em Janaúba foram liberados após pagar fiança de 247 reais, e o delegado de Jaíba está aguardando para os próximos dias o laudo do médico legista, para proceder as devidas investigações.
O relato de parentes do menino Paulo Roberto Maia Neto, de 5 anos (foto), que foi enterrado pelos próprios pais no quintal de casa, reforça a suspeita de que a criança tenha sido assassinada. Um tio do menino, revelou que a relação entre os pais e o filho  era bastante conturbada.
A mãe, Ana Paula Rodrigues Maia, de 24, está grávida de oito meses e ofereceu aos policiais versões diferentes sobre a morte do menino. A mulher disse á PM que a criança morreu envenenada após comer mandioca brava. Ela alegou ainda que teria levado o menino a um hospital em Janaúba, cidade vizinha, e que o corpo estava em um cemitério de lá. Em seguida, ela mudou a versão e disse que o menino morreu após cair em um buraco. A mulher tem outros quatro filhos com Antônio Alecson Matias Neto, de 34 anos.
Os familiares temem agora pela vida das outras quatro crianças que estão sob responsabilidade do Conselho Tutelar. Mesmo com a soltura dos envolvidos, a polícia não descarta crime de homicídio.
Segundo o Conselho Tutelar de Jaíba, o caso foi encaminhado para a Vara da Infância e Juventude em Manga, que irá decidir o destino dos menores, com idades entre cinco e sete anos. 
O corpo do menino foi retirado da cova - de um metro de profundidade e 40 centímetros de largura - pelos peritos da Polícia Civil e, em seguida, encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML). O ponto onde o garoto Paulo Roberto foi enterrado fica a dois quilômetros da sede do  assentamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

O casal responderá por ocultação de cadáver e pode ser acusado de homicídio caso seja comprovado a responsabilidade deles na morte da criança. A polícia chegou ao caso através de denúncia anônima.