CRIANÇA vítima
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Este mês uma notícia policial de
Jaíba entrou na mídia regional e nacional, com a vinda por aqui de dois canais
de televisão e jornais de grande circulação. Trata-se do caso de uma criança
que foi enterrada no quintal de sua própria casa, na área rural deste
município. Os pais que chegaram ser presos em Janaúba foram liberados após
pagar fiança de 247 reais, e o delegado de Jaíba está aguardando para os
próximos dias o laudo do médico legista, para proceder as devidas
investigações.
O relato de parentes do menino Paulo
Roberto Maia Neto, de 5 anos (foto), que foi enterrado pelos próprios pais no
quintal de casa, reforça a suspeita de que a criança tenha sido assassinada. Um
tio do menino, revelou que a relação entre os pais e o filho era bastante conturbada.
A mãe, Ana Paula Rodrigues Maia,
de 24, está grávida de oito meses e ofereceu aos policiais versões diferentes sobre
a morte do menino. A mulher disse á PM que a criança morreu envenenada após
comer mandioca brava. Ela alegou ainda que teria levado o menino a um hospital
em Janaúba, cidade vizinha, e que o corpo estava em um cemitério de lá. Em
seguida, ela mudou a versão e disse que o menino morreu após cair em um buraco.
A mulher tem outros quatro filhos com Antônio Alecson Matias Neto, de 34 anos.
Os familiares temem agora pela
vida das outras quatro crianças que estão sob responsabilidade do Conselho
Tutelar. Mesmo com a soltura dos envolvidos, a polícia não descarta crime de
homicídio.
Segundo o Conselho Tutelar de
Jaíba, o caso foi encaminhado para a Vara da Infância e Juventude em Manga, que
irá decidir o destino dos menores, com idades entre cinco e sete anos.
O corpo do menino foi retirado da
cova - de um metro de profundidade e 40 centímetros de
largura - pelos peritos da Polícia Civil e, em seguida, encaminhado para o
Instituto Médico Legal (IML). O ponto onde o garoto Paulo Roberto foi enterrado
fica a dois quilômetros da sede do
assentamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
O casal responderá por ocultação
de cadáver e pode ser acusado de homicídio caso seja comprovado a
responsabilidade deles na morte da criança. A polícia chegou ao caso através de
denúncia anônima.