sábado, 21 de setembro de 2013

Audiência Pública autoriza construção de barragens no rio Verde Grande

LIDERANÇAS de Jaíba ajoelham e rezam no leito seco do rio
Reunido em Audiência Pública no último 18, convocada pelo CODEMA de Jaíba, em defesa do rio Verde Grande, o povo jaibense, preocupado com atual situação desse rio, que consiste na artéria principal do abastecimento de água nas comunidades rurais da área sequeira e, principalmente, até recentemente no abastecimento da cidade de Jaíba, aprovou pré-projeto de revitalização, no qual inclui a construção de quatro pequenas barragens, no percurso do rio que corta a área urbana.
O pré-projeto foi apresentado à Audiência pelo engenheiro ambiental que o elaborou, Antonio César, da empresa FTCA Engenharia, com sede em Montes Claros/MG. Antes da apresentação do mesmo, contudo, o presidente do CODEMA, que também presidiu a Audiência Pública, Nezinho Costa, solicitou ao prefeito de Jaíba conduzir os integrantes da mesa de trabalho (autoridades locais, regionais e convidados) até o leito seco do rio Verde Grande onde, em ato emblemático, todos, de joelhos, ergueram súplicas a Deus para que os alvos buscados na Audiência sejam atingidos.

Quatro barragens na área urbana
Nesta audiência pública ficou autorizado, mas, ainda sem viabilidade econômica, a construção de quatro pequenas barragens, que seriam localizadas a primeira, no fundo do clube Campestre Rio Verde, e as demais, próximo a ponte; logo abaixo da escola Zoe Machado, e a última abaixo do bairro Nova Esperança.
Com maior recarga dos aquíferos no campo, os reservatórios podem servir melhor ao seu mais nobre objetivo: armazenar quando o recurso é abundante, para usar no momento de escassez. O aumento da disponibilidade hídrica nas bacias hidrográficas possibilitam também, que as outorgas de direito de uso da água sejam concedidas para um maior número de usuários, atendendo, assim, aos múltiplos usos da água de maneira mais eficaz.
Portanto, nada mais pertinente que os órgãos responsáveis pela gestão dos recursos hídricos em níveis federal, estadual e de bacia hidrográfica estimulem e facilitem a construção de pequenas barragens, objetivando o uso múltiplo da água na bacia. Pelo menos é isso que o povo de Jaíba espera.
Cerca de quatrocentas pessoas participaram da Audiência, inclusive alunos das escolas estaduais locais, mobilizados por integrantes do Fórum Popular Ambiental e por internautas que participam dos debates sobre o Meio Ambiente no município.
Compôs a mesa de honra da audiência, o prefeito Jimmy Murça; o presidente da Câmara Municipal Júnior Leonir; o presidente do Rotary Club local, Fernando Silveira; o presidente da CDL/ACE local, Edilson Minikovisky; a presidente da ARPA, Aloizia Lima; o comandante da Polícia Ambiental em Jaíba, Tenente Wagner Lopes; o gerente regional do IDENE em Janaúba, Jaime Lacerda (representando o secretário de estado Gil Pereira); a gestora ambiental da Ruralminas, Priscila Ducarmo; a extencionista da Emater, Mônica Dikstra; o coordenador do IEF em Jaíba, Roberto Marcine; o secretário municipal de Meio Ambiente do município de Verdelândia, Fábio Pinheiro; o Conselheiro do CODEMA de Verdelândia, Eduardo Aguiar; o presidente da ONG Amigos do Rio Verde Grande, Carlos Williams, além de lideranças locais ligadas ao meio ambiente.
Ao final dos trabalhos, o prefeito Jimmy Diogo da Silva Murça, de Jaíba, recebeu o pré-projeto de Revitalização e Construção de quatro barramentos na área urbana do Rio Verde Grande, na cidade, prometendo, no ato, todo o empenho possível na concretização do mesmo, inclusive a entrega formal, do mesmo, ao vice-governador mineiro, Alberto Pinto Coelho.
Ficou no ar a expectativa das muitas batalhas ambientais a serem travadas, a partir de agora, a fim de que o projeto apresentado seja implantado.

A luta pela revitalização do Verde Grande, não obstante, não se resume apenas à construção dos citados “barramentos”, pois ações ecológicas estarão sendo levadas a termo, coordenadas pelo Fórum Popular Ambiental, nas quais se inclui a realização de uma blitz de conscientização ambiental, também a limpeza do leito do Rio, além de “incursões de reflorestamento” de sua mata ciliar. (Colaboração de Nezinho Costa).