sábado, 21 de setembro de 2013

LOROTAS DE PEDRO MARQUES (por Brás da Viola)

Polêmica reunião de vereador


Nesta lorota, vou lhes trazer assuntos de velhos tempos de uma política diferenciada e ultrapassada. Não existia a lei de responsabilidade fiscal e nem tão pouco a falta de decoro parlamentar. O nepotismo era normal, além de outras situações que em geral o povo já conhece. Democracia? Nem este nome o povo conhecia. Nosso cientista fora eleito vereador por Otinolândia (hoje Jaíba) quando esta localidade pertencia Monte Azul. Nas eleições o autodidata obteve 705 votos, se tornando o mais votado do município em um universo de dois mil eleitores. Assim dizia em seu discurso: - Já que os sãos não fazem nada vamos eleger um “doido” para ver se a coisa muda! Nesta época também foi reeleito para mais um mandato de vereador o Jordenor Barbosa. Otinolândia (hoje Jaíba) possuía então naquele legislativo dois representantes legítimos. Também foi eleito a vereador por Monte Azul um Senhor que se chamava Coronel Levi Chaves. Tratava-se de um cidadão “estopim curto” e valentão, que segundo Pedro Marques ia para as reuniões armado com seu 38 taurus. Um funcionário da Prefeitura reclama para Pedro Marques do baixo salário e lhe pede para cobrar da tribuna um reajuste para o mesmo, e assim disse o Galeno na tribuna: - Senhor presidente, o nosso amigo funcionário está pedindo um aumento de salário, pois, não está dando nem para as despesas da casa. O presidente da Câmara o reclama: - Vereador este assunto não é da nossa alçada, não podemos alterar orçamentos de outro poder paralelo, essa não é nossa incumbência, estamos aqui para aprovar as leis. Pedro Marques olha para o funcionário que se fazia presente na sessão e diz: É companheiro! Do jeito que eu estou vendo “cê tá é lascado”. Em outra sessão legislativa fazia parte da pauta um projeto polêmico do então prefeito Dr. Paulo, e o vereador coronel Levi Chaves era contra o tal projeto. Começa aquela sessão. Pedro Marques na tribuna: - Senhores vereadores, Senhor Presidente: Como autodidata cientista e vereador estou nesta tribuna para pedir aos amigos correligionários a aprovação deste projeto. Quando de repente o coronel e vereador Levi Chaves levanta com o revólver engatinhado e diz: - Quem votar a favor deste projeto vai morrer, primeiramente dando uns três tiros no telhado que telha voou pra todo lado, impondo assim nos legisladores um terror, deixando-os amedrontados. Tinha uma vereadora bem gorda que no desespero pulou pela janela do fundo caindo a uma altura de cinco metros, consequentemente quebrando as duas pernas. O vereador Jordenor Barbosa, também jaibense se escondeu debaixo da mesa diretora rezando ave Maria. Pedro Marques ainda na tribuna muda o discurso imediatamente por uma oração, mais ou menos assim: “Oh! Jeová me livra dessas balas assassinas, óh Jeová venha acudir seu servo”! Óh Jeová o que eu faço! Tiro pra toda banda! Pá... Pá... Pá... O Galeno desesperado e grita: - Jeová, o Senhor não vai me acudir? Instantaneamente, vem uma voz do céu que somente Pedro Marques escutou: Ô Pedro, para que serve uma janela? Pula enquanto é tempo! E se na queda eu morrer Jeová? A voz do céu lhe responde: Tu estarás comigo no paraíso. Da tribuna mesmo Pedro Marques mergulhou por aquela vasta janela e caiu nas proximidades do mercado municipal que é ou era em frente à Câmara, caindo sobre uma banca cheia de ovo caipira, se melou por completo, além de várias escoriações pelo corpo, uma dentadura rachada ao meio e um braço quebrado. E o projeto foi aprovado? Sim. Em outra sessão legislativa em que o Levi Chaves não compareceu. O cientista na tribuna expressava: “Graças a Deus que o endemoniado do Vereador assassino não veio a esta sessão”! Corre presidente e bate o carimbo de aprovado nessa “misera” antes que chega o Hitler Monteazulino e nos mande dessa câmara para a outra câmara de gás!