Em Jaíba a unidade meteorológica foi
instalada na propriedade rural de “Sirlene de Marinalva”, na Linha Gado Bravo,
distante oito quilômetros da área urbana. Os aparelhos são mantidos por energia
solar e toda a leitura e envio de dados são feitos de forma automática. Dados como
temperatura e umidade do solo, do ar, medição de ventos, medição de chuvas
poderão ser compartilhados pelos demais produtores no incentivo de novas
técnicas culturais.
Para melhorar o controle e monitoramento
meteorológico em Minas, 151 estações de coleta de dados estão sendo instaladas
e irão reforçar as atividades da Emater. A ação é resultado de um acordo de
cooperação técnica com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de
Desastres Naturais (Cemaden). O investimento do órgão federal na aquisição e
instalação dos equipamentos é de aproximadamente R$ 2,2 milhões.
O acordo de cooperação técnica possui duas
etapas. A primeira integra o projeto Previsão de Risco de Colapso de Safra no
Semiárido Brasileiro, do Cemaden. Já foram instaladas 39 equipamentos de coleta
de dados ambientais na região do Semiárido mineiro. São 33 estações que fazem
as medições da precipitação e da umidade do solo, e outras seis capazes de
monitorar a temperatura e umidade relativa do ar, direção e velocidade do
vento, radiação solar, saldo de radiação, temperatura e umidade do solo.
Na segunda etapa, que começa neste mês de
setembro terá o projeto Pluviômetros Automáticos, serão instalados 112
equipamentos de coleta de dados para medição da quantidade de chuva em 95
municípios de todo Estado.
Os produtores irão cuidar dos equipamentos.
As estações têm transmissão automática das informações coletadas para um banco
de dados do Cemaden, que a Emater terá acesso. “Essas informações, aliadas a
outros dados, indicam quando há necessidade de alertas de desastres naturais e,
também, auxiliam em questões relacionadas à produção, como indicativo de chuvas
e os níveis de umidades do solo”, destaca o presidente da Emater.
“Teremos mais agilidade e segurança para
tomada de decisões. Com as informações enviadas em tempo real identificarmos, por
exemplo, se os níveis de umidade do solo de um determinado local estão baixos.
Assim podemos criar, paralelamente, um sistema para indicar uma irrigação mais
adequada para o produtor. As informações obtidas respaldam os técnicos da
Emater a fornecer orientação adequada aos agricultores no manejo de riscos e
minimizam a vulnerabilidade aos impactos climáticos”, ressalta o presidente da
Emater.