A revolução de uma
dentadura
Era o ano de 1982, Jaíba ainda era uma cidadezinha dividida,
um lado pertencia a Manga, com o nome de Jaibênia, já o outro fazia parte do
município de Monte Azul, apelidado de Otinolândia. Até que veio a emancipação
se tornando a nossa amada e idolatrada Jaíba de hoje. Voltando ao ano de 1982,
Pedro Marques se tornara representante político do então candidato a Deputado
federal Manoel Costa, trabalho mais conhecido como “cabo eleitoral”. Vale
ressaltar que o mesmo fora vereador no município por três mandatos. Um belo
final de semana o candidato Manoel costa liga para Pedro Marques
comunicando-lhe uma visita; imediatamente, Pedro mandou preparar um banquete
surtido de comidas diversas e saborosas. Várias lideranças políticas da época
foram convidadas, tais como: Seu Mundico, Seu Santo da Sorveteria, Seu Amândio
da Farmácia, ex-vereador Jordenor Barbosa, ex-vereador Toniquinho, ex-vereador
Nestor Dentista, Dr. João Rocha, Licério Guimarães pai de Leandro Gordo, Dr.
Walteir, Arnaldo Dias, Joaquim Ladeia e a turma da Ruralminas, dentre outros.
Tudo preparado para receber o então candidato no aeroporto que assim aconteceu.
O Manoel Costa (na época, genro de Dr. Gabriel, dono da Colonial), chega à casa
do Pedro Marques assenta-se à mesa e começa a comer. Pedro Marques fica
acomodado bem do lado do candidato que começa a se deliciar daquele banquete
que lhe fora oferecido. Pedro Marques por sua vez ia falando bem perto do rosto
do convidado. Naquela época o Pedro bebia uma “cervejinha” e se encontrava
“meio alegre”. Conversa vai, conversa vem, o cientista autodidata na conversa
ia jogando saliva, tanto no rosto como no prato do candidato; então, o Pedro
também começa a degustar daquele banquete comendo e falando ao mesmo tempo com
aquela visita especial. Sabemos que o Pedro Marques é amante de quiabo, ele põe
uma garfada de quiabo na boca junto com um pedaço de carne de porca bem gorda,
tudo isso recheado com uma gostosa maionese; de repente, conversando e comendo
ao mesmo tempo, o quiabo e a gordura se deslizaram por baixo da dentadura do
Pedro e a mastigadora escapole da sua boca caindo dentro do prato do candidato
Manoel Costa. Simultaneamente, com cara de nojo, o político visitante para de
comer e começa fazer vômito com os médicos Dr. João e Dr. Walteir o socorrendo.
O cientista astrônomo meio assustado diz pra ele como se nada tivesse
acontecido: Calma, calma deputado, a dentadura ta bem escovada, é mais limpa do
que sua própria boca. Então ele, (Pedro) grita chamando sua esposa: - Ô mulher,
corre, corre, traga pra mim a dentadura reserva, porque a minha titular caiu no
prato do deputado e eu não vou mais usá-la, vou jogar fora! Vai que o deputado
tem uma doença crônica estomacal e bucal e o resto da comida pode está
infectada com essas tenebrosas e estarrecedoras bactérias, assim poderá
transmitir para o cientista autodidata! Resultado: O candidato foi muito bem
votado no município, foi majoritário, porém, nunca mais o Manoel Costa voltou
na casa de Pedro.