quinta-feira, 24 de abril de 2014

Compras de prefeituras mais vigiadas evitando corrupção



As compras feitas pelas 853 prefeituras mineiras e respectivas câmaras municipais, estão na mira do Tribunal de Contas de Minas Gerais, que instituiu uma espécie de malha fina para fiscalizar as licitações e contratos feitos com dinheiro público. Isso ocorre por meio de um sistema que já entrou em funcionamento. Assim que são emitidas as notas de compra, ele permite comparar instantaneamente os preços praticados nos municípios com um banco de dados de cotações do mercado para os itens comercializados. A partir daí, emite-se um alerta para os possíveis casos de superfaturamento.
O TCE tem acesso às notas fiscais das prefeituras, que são fornecidas em banco de dados. Em paralelo a isso, o órgão vem cadastrando em seu sistema todos os produtos que geralmente são comprados em grande escala pelo estado e pelas prefeituras, principalmente aqueles que usualmente eram alvo de desvio de verba pública. Na área de medicamentos, por exemplo, o TCE fez um cadastro com todos os remédios, informando a variação normal de preço.
Tudo que está muito acima ou muito abaixo disso é considerado um desvio e gera o alerta vermelho para a atuação do TCE. O sistema funciona on-line, assim que são emitidas as notas, elas já são cruzadas com os preços, permitindo a atuação preventiva.
No caso dos medicamentos, segundo o TCE, os laboratórios estavam oferecendo descontos muito grandes, da ordem de 78%, e foi verificado que os produtos estavam prestes a vencer, o que faria a compra barata ficar cara.
A expectativa é colocar o sistema no ar, de modo que qualquer cidadão poderá consultar as contas de sua cidade e ajudar na fiscalização de obras e serviços. Deste modo, também vai haver fiscalização da população.