SILVANO Araújo
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SILDETE Araújo
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TÊLA do Açougue
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LEO Pintor
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Operação ainda não terminou e algumas pessoas ainda poderão
ser presas e outras detidas para depor
Muito se falou nos últimos dias em
“golpe de estado” em Jaíba.
Mas, com o desenrolar das investigações do Ministério
Público, Polícia Federal, e Câmara de Vereadores, pôde se constatar que quem
sofreu e está sofrendo um grande golpe, é a população desta cidade, que, apesar
de ostentar um grande potencial na agricultura irrigada, sofre de maneira
impiedosa com as mazelas de políticos inescrupulosos que tanto mal fizeram ao
município e sua população.
O produtor rural Silvano Araújo
ficou frente à frente, com os representantes do Ministério Público após a
Polícia Federal ter divulgado gravação em que ele supostamente faz ameaças de
morte aos promotores encarregados das investigações em torno do seu nome.
Silvano Araújo diz que mataria qualquer um e que contrataria pistoleiros da
facção criminosa Comando Vermelho. Este produtor rural é apontado pela Polícia
Federal como o mentor do esquema de corrupção que teria desviado milhões de
reais da Prefeitura de Jaíba nos últimos anos durante a gestão do ex-prefeito
Detim. Contra Silvano pesa também a acusação de quando da sua candidatura a
deputado, que declarou um patrimônio de R$ 606,8 mil e gastos na campanha de R$
2 milhões. Recursos desviados da Prefeitura de Jaíba.
De acordo com a Polícia Federal, o
prefeito afastado Jimi foi levado para a sede da PF em Montes Claros, e
apesar de ser conduzido apenas para prestar esclarecimentos, ele chegou a ficar
algumas horas preso. Além dos crimes contra a administração pública, formação
de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, ele também responderá
inquérito por porte ilegal de arma.
Na sentença que decreta a prisão
dos envolvidos, a justiça cita a advogada de Jimi, e que também advogou para
Detim quando foi afastado, que a mesma teria um esquema para compra de decisões
judiciais por um alto valor financeiro.
“Investigações demonstraram de
maneira cristalina a busca pela atual administração na cooptação de vereadores
de modo a comprar os seus votos e evitar a consequente cassação do atual
gestor. As ofertas variavam de R$ 200 mil a R$ 1 milhão, no sofrível município
de Jaíba”. Esta foi a declaração do delegado da PF Marcelo Eduardo de Freitas.
Os presos responderão, na medida
de suas participações, por crimes contra a administração pública,
formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, dentre
outros. Se condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes podem ultrapassar
30 anos.
O nome da operação (agosto) é
referência a um livro de Rubem Fonseca publicado em 1990 no Brasil. O romance
caracteriza-se por se tratar de uma narrativa de cunho policial, de contar com
um grande número de personagens que possuem ligações entre si, além do clima de
mistério e investigação presente do início ao final da obra. Os trabalhos
iniciaram em Agosto/2013 mês que, sabidamente, assola a vida sofrida do
sertanejo com o calor intenso e a seca estafante.
A "Operação Agosto",
realizada pela Polícia Federal no último dia (3), apurou fraudes em licitações
no transporte escolar, com o direcionamento das contratações às empresas e/ou
pessoas ligadas à organização criminosa.
De acordo com informações da
Polícia Federal, estão sendo cumpridos 43 mandados, sendo 13 de busca e
apreensão, 23 de sequestro de valores, bens móveis e imóveis, quatro mandados
de prisão temporária, três conduções coercitivas. Ainda foi determinado o
afastamento do sigilo bancário e fiscal dos investigados, bem como a
indisponibilidade dos bens das pessoas físicas e jurídicas envolvidas.
Ainda de acordo com informações da
PF, as verbas irregularmente desviadas eram imediatamente aplicadas em bens,
móveis e imóveis, cujas propriedades eram ocultadas com participação de outros
empresários e “laranjas” ligados aos principais membros da organização
criminosa.
Os quatro presos desta operação
que estão na cadeia de Manga tiveram um agravante, pois estavam cumprindo
prisão temporária e passou para prisão preventiva, não tendo prazo estipulado
para a soltura, podendo perdurar até o final das investigações ou até o
julgamento.
Escuta telefônica de Silvano Araújo, gravada com autorização
da justiça
SILVANO - ...eu já tô perdendo a
salvação"
INTERLOCUTOR - "Tá doido, moço?"
SILVANO – Se eu for...se
eu...igual...o cara falou ali comigo que que eu vou preso. O que fez a denúncia
lá. Se for verdade tudo bem. Se não for se não for, eu vou perder. Eu vou matar
ele... qualquer um...
INTERLOCUTOR – Silvano. O negócio
o negócio seu...cê é um cara mais inteligente...
SILVANO – Se eu não matar o
promotor, se ele não insistir, se ele tiver errado. Igual os Manica. Mato igual
um passarinho. Ce traz o Comando Vermelho ali é por 5 mil reais de São Paulo.
Advogada de Detim e Jimmy aciona a justiça contra juíza de
Manga
A advogada Adriana Belli, que tem
escritório na capital mineira, teve seu nome muito conhecido nas rodas de
conversa em Jaíba por ter defendido o ex prefeito Detim, de uma cassação em
pleno gozo de seu mandato (2008/2012), e também por ter tentado sem sucesso,
defender o também ex prefeito Jimmy Murça. Esta advogada ficou também muito
famosa pela fama de conseguir “comprar” sentença favorável a seus clientes
junto ao Tribunal de Justiça, conforme depoimento ou escuta telefônica com
autorização de justiça de pessoas envolvidas na operação da Polícia Federal e
do Ministério Público.
A juíza de Manga, Roberta Souza
Alcântara que mandou prender os políticos jaibenses, mencionou depoimento de
testemunha que falava de um esquema de compra de decisões judiciais. O que fez
esta advogada protocolar neste mês na Corregedoria Geral de Justiça e
Procuradoria Geral de Justiça, pedido de apuração e providência contra a juíza
de Manga, que mencionou em sua sentença depoimento de testemunha que a acusava
de manter um 'esquema' de compra de decisões judiciais.
''Se há corruptor, tem que ser
identificado o corrupto'', afirmou Adriana Belli ao justificar o pedido de
apuração encaminhado ao Ministério Público.
Adriana Belli relata que há dois
anos buscou informação até mesmo junto à Superintendência da PF em Minas e à
delegacia de Montes Claros, que negaram a ''existência de qualquer dúvida
quanto ao nosso comportamento''. A indignação da advogada fica ainda maior
porque o mandado de segurança em favor do ex prefeito Jimmy Silva ''e contra
ato do presidente da Câmara Municipal de Jaíba Júnior Leonir e do presidente da
CPI Welton Silva, que tirou o chefe do Executivo do cargo'' foi negado pelo
Tribunal de Justiça de Minas.
Por outro lado, esta advogada
conseguiu em tempo recorde evitar a cassação do ex prefeito Detim, que ficou
menos de um dia fora da sua cadeira de prefeito.