quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Corante colocado em sumidouro do rio Verde sumiu ou não apareceu


Para esclarecer muitos boatos de que o corante colocado no sumidouro do rio Verde teria surgido em certas localidades, o jornalismo do Folha de Jaíba fez contato com a Agência Nacional de águas – ANA em Brasília, onde foi confirmado que não foi detectado nenhum sinal do produto em nenhum local. A agência de águas pretende em breve fazer uma reunião em Jaíba para dá uma satisfação sobre assunto e falar sobre outros fatos constatados deste estudo.
Além do produto colorido colocado no sumidouro, também foi inserido pelos técnicos da ANA, amostras de carvão ativado em poços artesianos próximos ao sumidouro, na intenção de detectar concentração mais baixa do produto multiplicador de cor verde fluorescente. Estas amostras de carvão ativado serão retiradas dos poços nos próximos dias, mas os técnicos dizem ter pouca esperança da chegada do produto. E que a probabilidade maior é que o mesmo tenha ficado no meio subterrâneo entre o rio Verde e o São Francisco, dada a grande dimensão do sistema cavernoso.
A operação dos técnicos aconteceu no mês passado, julho, quando foi colocada no leito do rio Verde Grande uma substância não tóxica conhecida por “Fluoresceína” de coloração verde fluorescente, para tentar identificar o destino das águas dos sumidouros no leito do rio. A Fluoresceína é um tipo de corante que não causa danos à saúde de humanos, animais ou plantas e desaparece após três horas exposto à luz solar.
Conforme relatos da Agencia Nacional das Águas, em setembro de 2017, dados coletados num dos sumidouros detectaram o escoamen
to ou desaparecimento de 800 mil litros de água por hora, uma vazão de água suficiente para irrigar 500 hectares de banana. Segundo Bruno Collischonn, técnico da ANA, os sumidouros cársticos ou calcários do rio Verde Grande é um fenômeno natural devido à formação geológica da região.