Para esclarecer
muitos boatos de que o corante colocado no sumidouro do rio Verde teria surgido
em certas localidades, o jornalismo do Folha de Jaíba fez contato com a Agência
Nacional de águas – ANA em Brasília, onde foi confirmado que não foi detectado
nenhum sinal do produto em nenhum local. A agência de águas pretende em breve
fazer uma reunião em Jaíba para dá uma satisfação sobre assunto e falar sobre
outros fatos constatados deste estudo.
Além do produto
colorido colocado no sumidouro, também foi inserido pelos técnicos da ANA,
amostras de carvão ativado em poços artesianos próximos ao sumidouro, na
intenção de detectar concentração mais baixa do produto multiplicador de cor verde
fluorescente. Estas amostras de carvão ativado serão retiradas dos poços nos
próximos dias, mas os técnicos dizem ter pouca esperança da chegada do produto.
E que a probabilidade maior é que o mesmo tenha ficado no meio subterrâneo
entre o rio Verde e o São Francisco, dada a grande dimensão do sistema
cavernoso.
A operação dos
técnicos aconteceu no mês passado, julho, quando foi colocada no leito do rio
Verde Grande uma substância não tóxica conhecida por “Fluoresceína” de
coloração verde fluorescente, para tentar identificar o destino das águas dos
sumidouros no leito do rio. A Fluoresceína é um tipo de corante que não causa
danos à saúde de humanos, animais ou plantas e desaparece após três horas
exposto à luz solar.
Conforme relatos da
Agencia Nacional das Águas, em setembro de 2017, dados coletados num dos
sumidouros detectaram o escoamen
to ou desaparecimento de 800 mil litros de água
por hora, uma vazão de água suficiente para irrigar 500 hectares de banana. Segundo
Bruno Collischonn, técnico da ANA, os sumidouros cársticos ou calcários do rio
Verde Grande é um fenômeno natural devido à formação geológica da região.