Wellington apontado pelo MP como chefe do crime
É trágica ou dramática a situação dos presos
“ilustres” de Jaíba que não tem data certa para serem libertados ou irem a
julgamento final. O médico Wellington, irmão do prefeito preso é apontado pelo
Ministério Público como chefe da operação criminosa na prefeitura de Jaíba
dentro da operação “Ração de Papagaio”.
As investigações ainda estão em andamento e a
novela envolvendo as últimas eleições de 2012 está longe de chegar ao último
capítulo. Encontram-se recolhidos na prisão os envolvidos Enoch Pacífico
(prefeito), Hudson Aparecido (advogado e secretário de agricultura), Weverton
Silva (secretário de saúde) e Acir Silva (lobista e assessor).
O início de todo este imbróglio se deu com a
união de um médico político com um
ex-prefeito e ex-presidiário que até então eram ferrenhos inimigos e resolveram
abraçar no sentido de conquistar poder e dinheiro fácil. Esta união desastrosa
já trouxe e está trazendo sérios prejuízos ao município.
A principal causa da prisão do irmão do médico
Wellington é a suposta existência de indícios suficientes acerca de
procedimentos ilícitos praticados por
Enoch e pelos servidores Hudson Aparecido Pena Arruda, Acir Silva de
Oliveira, Weverton Dias Silva, e Marcos Aurélio Amorim de Oliveira, no sentido
de extorquir o empreiteiro de construção de obras civis Antonio Carlos Silva
que executou vários serviços neste município. Este empreiteiro veio para Jaíba
a convite do médico Wellington.
O empreiteiro denunciou que várias vezes foi
importunado por Enoch com pedidos de propina e após “descartar” as suas
ligações telefônicas, passou a ser procurado insistentemente por Acir, Hudson e
Weverton a mando do então chefe. Recursos e meios disponibilizados pela Polícia
Federal puderam comprovar a tentativa de extorsão. Em depoimento, o empreiteiro
afirma que por mais de uma vez foi dado propina a Enoch tanto pessoalmente como
através de terceiros.
O prefeito e seus assessores foram detidos
porque supostamente teriam tentado ameaçar o empresário Antônio Carlos da
Silva, que é um dos delatores da operação ‘Ração de Papagaio’. Antônio Carlos é
dono da empresa Lázaro Moisés, que mantinha contratos com a Prefeitura de Jaíba
em valores superiores a R$ 8 milhões.
Os contratos têm como objeto a manutenção da
limpeza pública na cidade, construção de postos de saúde, reforma de escolas e
demais obras de construção civil. Gravações feitas pela Polícia Federal teriam
flagrado o momento em que o delator Antônio Carlos recebe propostas para mudar
o seu depoimento ao Ministério Público.
Com relação à cela especial ou outros
privilégios, o despacho do desembargador cita que não vê a existência de
elementos que justifique tal procedimento.
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