terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Presos “ilustres” de Jaíba sem data definida para liberdade

Enoch fichado na polícia de frente
Enoch fichado na polícia lado esquerdo

Enoch fichado na polícia lado direito

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                                      Wellington apontado pelo MP como chefe do crime

É trágica ou dramática a situação dos presos “ilustres” de Jaíba que não tem data certa para serem libertados ou irem a julgamento final. O médico Wellington, irmão do prefeito preso é apontado pelo Ministério Público como chefe da operação criminosa na prefeitura de Jaíba dentro da operação “Ração de Papagaio”.
As investigações ainda estão em andamento e a novela envolvendo as últimas eleições de 2012 está longe de chegar ao último capítulo. Encontram-se recolhidos na prisão os envolvidos Enoch Pacífico (prefeito), Hudson Aparecido (advogado e secretário de agricultura), Weverton Silva (secretário de saúde) e Acir Silva (lobista e assessor).
O início de todo este imbróglio se deu com a união de um médico político com um ex-prefeito e ex-presidiário que até então eram ferrenhos inimigos e resolveram abraçar no sentido de conquistar poder e dinheiro fácil. Esta união desastrosa já trouxe e está trazendo sérios prejuízos ao município.
A principal causa da prisão do irmão do médico Wellington é a suposta existência de indícios suficientes acerca de procedimentos ilícitos praticados por  Enoch e pelos servidores Hudson Aparecido Pena Arruda, Acir Silva de Oliveira, Weverton Dias Silva, e Marcos Aurélio Amorim de Oliveira, no sentido de extorquir o empreiteiro de construção de obras civis Antonio Carlos Silva que executou vários serviços neste município. Este empreiteiro veio para Jaíba a convite do médico Wellington.
O empreiteiro denunciou que várias vezes foi importunado por Enoch com pedidos de propina e após “descartar” as suas ligações telefônicas, passou a ser procurado insistentemente por Acir, Hudson e Weverton a mando do então chefe. Recursos e meios disponibilizados pela Polícia Federal puderam comprovar a tentativa de extorsão. Em depoimento, o empreiteiro afirma que por mais de uma vez foi dado propina a Enoch tanto pessoalmente como através de terceiros.
O prefeito e seus assessores foram detidos porque supostamente teriam tentado ameaçar o empresário Antônio Carlos da Silva, que é um dos delatores da operação ‘Ração de Papagaio’. Antônio Carlos é dono da empresa Lázaro Moisés, que mantinha contratos com a Prefeitura de Jaíba em valores superiores a R$ 8 milhões.
Os contratos têm como objeto a manutenção da limpeza pública na cidade, construção de postos de saúde, reforma de escolas e demais obras de construção civil. Gravações feitas pela Polícia Federal teriam flagrado o momento em que o delator Antônio Carlos recebe propostas para mudar o seu depoimento ao Ministério Público.
Com relação à cela especial ou outros privilégios, o despacho do desembargador cita que não vê a existência de elementos que justifique tal procedimento.